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Instituto Adolfo Lutz reprova 52,6% dos alisantes de cabelos

Inspeção realizada pelo Instituto Adolfo Lutz constatou que 52,63% dos alisantes de cabelos utilizados na capital paulista tem concentração de reagentes químicos acima da legislação sanitária, o que pode provocar queimaduras, queda capilar, intoxicação e até câncer. Foram analisadas 38 amostras de produtos, colhidas no comércio e nos salões de cabeleireiros. O estudo, ainda inédito, foi concluído sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde.

 

Segundo a autora da análise, Maria Cristina Santa Bárbara, as substâncias mais nocivas ao organismo, hidróxido de sódio e formol, foram as que mais apareceram nas irregularidades. "A concentração química chegou a ultrapassar 10 vezes o que determina a norma sanitária, expondo ao risco as clientes e os profissionais que trabalham com a fórmula."

 

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dilhermando Calil, a conveniência das mulheres acaba influenciando os estabelecimentos estéticos a não abolirem o uso dos produtos tóxicos. "A valorização extrema do padrão de beleza as deixa cegas para o perigo", diz, ao reforçar que após o boom da utilização de formol nos tratamentos capilares, início dos anos 2000, as dermatites e alergias no couro cabeludo "invadiram" os consultórios de dermatologia.

 

A vaidade sem limites é ainda influenciada pela a predominância de salões clandestinos. De acordo com o Sindicato dos Salões de Beleza, são 40 mil estabelecimentos do tipo na cidade. Em contraponto, têm licença sanitária para funcionar só 176, o que indica que 99% deles não passaram pelo controle sanitário. Na Vigilância Municipal (Covisa), há 118 profissionais especializados para fiscalizar a área. O controle seria facilitado pelas denúncias da população. Mas, durante todo ano de 2007 e até ontem, apenas 90 pessoas comunicaram irregularidades dos salões de beleza, sendo 19 delas sobre o uso de formol.

 

O coordenador da Associação dos Institutos de Beleza de São Paulo, Monte Cristo, alerta: "Não adianta culpar a insistência da mulher. A responsabilidade dos estragos é do profissional que usa o formol". A dica de segurança para os cabeleireiros e clientes é só usar os alisantes capilares que têm o selo da Anvisa na embalagem, garantia de que estão de acordo com a legislação. O Instituto Adolfo Lutz não divulga a lista das marcas reprovadas.

 

Fonte: Ciência e Saúde

2 comentários:

  Unknown

15 de janeiro de 2009 às 11:03

Boa tarde!!
Faço uso de alisantes (hidróxido de sódio) e gostaria de saber quais marcas foram reprovadas.
Lilian - São Paulo - SP

  Anônimo

29 de outubro de 2012 às 20:22

Os alisantes de cabelo fazem muito mal para a saúde!
Eu nunca usaria isso sem primeiro saber quais marcas estão aprovadas. Também as lentes de contato tem que ser de boa qualidade, e por isso eu vou a um centro de oftalmologia em curitiba de confiança.