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Nova droga contra câncer de próstata é 'maior avanço em 70 anos'

Cientistas britânicos afirmam ter testado com sucesso um novo medicamento que traz esperança para pacientes com câncer de próstata avançado.

 

A droga, conhecida como Abiraterone, está sendo considerada o maior avanço no tratamento da doença nos últimos 70 anos.

 

Segundo a equipe do Instituto de Pesquisas do Câncer, em Londres, até agora todos os tratamentos contra câncer de próstata se concentravam no bloqueio da produção da testosterona, hormônio sexual produzido nos testículos cuja ação alimenta o crescimento do câncer.

 

No entanto, os cientistas descobriram que outros hormônios, inclusive o produzido pelo próprio tumor, também contribuem para seu crescimento e disseminação.

 

O novo remédio age bloqueando vários hormônios sexuais produzidos por diferentes partes do corpo masculino.

 

Redução do tumor O estudo, divulgado na publicação científica Journal of Clinical Oncology, realizou experimentos com 21 pacientes de câncer de próstata avançado. Dois anos e meio mais tarde, os especialistas verificaram uma redução significativa do tumor e uma queda nos níveis de uma proteína maléfica produzida pelo câncer. Muitos voluntários relataram uma melhora significativa na qualidade de vida. Alguns deles puderam até suspender o consumo de morfina para aliviar a dor provocada pela propagação do câncer para os ossos.

 

Um dos pacientes envolvidos no tratamento, Richard Pflaum, contou à BBC ter sentido uma melhora significativa em sua qualidade de vida.

 

"Antes, minha mulher tinha de calçar as minhas meias e eu precisava de uma bengala para andar curtas distâncias", disse.

 

"Hoje eu ando sozinho, já comecei a me exercitar e me sinto quase como uma pessoa normal." Os especialistas acreditam que o novo tramento tem potencial de beneficiar até 80% dos pacientes com uma forma agressiva da doença atualmente resistente à quimioterapia.

 

Esperança O coordenador da pesquisa, Johann de Bono, espera que o Abiraterone esteja disponível no mercado em dois ou três anos na forma de comprimido.

 

Bono disse, no entanto, que os resultados devem ser comprovados com novos testes. Atualmente, outros 1,2 mil pacientes em várias partes do mundo estão sendo tratados com a droga, ele acrescentou.

 

"Acreditamos já ter dado um grande passo no avanço do tratamento de pacientes com câncer de próstata terminal", disse Bono.

 

"Esses homens carregam uma forma muito agressiva do câncer, excepcionalmente difícil de tratar e quase sempre fatal."

 

Fonte: Uol

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