Spiga

Aposte nestes exercícios para a saúde do seu coração




Para garantir um coração saudável, os médicos recomendam um remédio milagroso: movimentar o corpo. Quando fazemos exercícios regularmente, o coração trabalha com mais eficiência e sem ter que fazer tanto esforço. O sangue flui melhor e as artérias e vasos ficam mais flexíveis e saudáveis. Tudo isso previne o risco de doenças cardiovasculares, como infarto, colesterol alto, derrame e hipertensão.

"Enquanto uma pessoa sedentária tem de 80 a 100 batimentos por minuto, uma pessoa condicionada está entre 60 e 70 batimentos por minuto", explica o professor de educação física Paulo Mazzeu, da academia Competition, de São Paulo. Pode parecer pouco, mas essa melhora na eficiência diminui em 40% o risco de complicações cardiovasculares.

Para favorecer o sistema cardiovascular, os exercícios precisam elevar a frequência cardíaca. "É o caso da caminhada, da bicicleta, da natação, corrida, aulas de step e jump", recomenda Paulo Mazzeu. Confira, a seguir, por que essas atividades fazem tão bem ao músculo vital e quais as variações de treino que favorecem a saúde cardiovascular.


Tempo e frequência

Você não precisa passar duas horas na academia todos os dias para proteger o coração. Mesmo pequenas quantidades de atividade física podem reduzir o risco de doença cardíaca, diz um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA).

Segundo a pesquisa, praticar 150 minutos - o equivalente a duas horas e meia - de exercícios por semana diminui o risco de doença cardíaca em 14%. Essa porcentagem aumenta de acordo com a quantidade de exercícios praticados.

"O mais importante é que faça com regularidade, pois seus efeitos benéficos não são mediatos, mas, sim, a médio e longo prazo", explica o cardiologista Cláudio Baptista, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).


Corrida

Ela afasta o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão e colesterol alto, graças ao condicionamento físico que a atividade proporciona. Sendo uma atividade aeróbica, a corrida de longa duração e baixa intensidade condiciona o coração.

De acordo com o médico do esporte Ricardo Munir Nahaf, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), depois de algum tempo de prática, seu organismo passa a economizar energia para realizar algumas tarefas. Essa economia gerada pelo condicionamento físico é que impede que ele se sobrecarregue, facilitando o controle de pressão, colesterol e peso.

Segundo o personal trainer Edson Ramalho, de São Paulo, após duas ou três semanas, já é possível sentir a diferença da corrida no condicionamento físico. Até mesmo tarefas corriqueiras, como subir escadas, tornam-se mais fáceis. Como resultado, os afazeres ficam menos cansativos e mais prazerosos.


Caminhada ao ar livre


Para afastar o perigo da hipertensão, aposte nas caminhadas. As passadas reduzem a pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém nas 24 horas seguintes. Essa foi a conclusão de uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.

Além disso, a caminhada faz com que a as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo. "Com o maior bombeamento de sangue para o pulmão, o sangue fica mais rico em oxigênio. Somado a isso, a caminhada também faz as artérias, veias e vasos capilares se dilatarem, tornando o transporte de oxigênio mais eficiente às partes periféricas do organismo, como braços e pernas", explica o fisiologista Paulo Correia, da Unifesp.

A caminhada também é um fator de proteção contra derrames e infarto. "Além de regular os níveis de colesterol no corpo, os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução. Isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam", diz Paulo.


Caminhe na esteira
 
A caminhada em esteiras com velocidade entre 4,0 e 6,0 km/h (acima disso poderá prejudicar a coluna lombar) e com inclinação entre 2 e 12% (sem segurar na barra de apoio) é uma atividade cardiovascular excelente. "Ao mesmo tempo em que consegue elevar a frequência cardíaca para uma zona de treinamento mais eficaz do que uma caminhada normal, este tipo de treino tem uma sobrecarga articular muito menor para os tornozelos, joelhos e coluna do que o treino de corrida tradicional", explica o professor de educação física Paulo Mazzeu.


Natação
 
São vários os benefícios de quem opta pela modalidade, principalmente quando se está fora de forma. Dois desses benefícios são o baixo impacto nas articulações e a melhora do processo cardiorrespiratório.

Para o preparador físico Rodrigo Taddei, de São Paulo, algumas estratégias do treino da natação são capazes de aumentar o condicionamento do coração e também acelerar a queima de gordura corporal. São elas:
- Aumentar a intensidade: um exemplo é fazer um treino intervalado com intensidade mais alta (no limite máximo do limiar aeróbico);
- Variar os treinos: assim, o organismo não se acostuma ou acomoda, com isso, o gasto calórico sempre será mais elevado;
- Utilizar acessórios, como os palmares e nadadeiras, que aumentam o trabalho muscular, gerando um crescimento do gasto calórico.


Varie os exercícios

Os grandes especialistas em saúde cardiovascular sugerem que a variação da modalidade é mais benéfica do que a manutenção da mesma atividade aeróbia. "Desta forma, se eu faço natação na segunda-feira, corrida na quarta-feira e pedalo no final de semana, eu propicio maior benefício à saúde cardiovascular do que a mantendo o mesmo gasto esportivo", aponta o professor de educação-física. A variação de treino contínuo e intervalado também mostrou-se mais eficaz no aumento do consumo de oxigênio.


Varie o treino

Os melhores estímulos são a mescla de dois tipos de treino. O treino contínuo e o intervalado. Como o próprio nome diz, o treino contínuo caracteriza-se pela manutenção da frequência cardíaca em uma mesma intensidade (70% da frequência cardíaca máxima, por exemplo) e tem, como principal benefício, a dilatação das câmaras cardíacas, algo fundamental para a melhora do rendimento do coração.

Já o treino intervalado beneficia a saúde cardiovascular pela sua capacidade de fortalecer o miocárdio (músculo cardíaco), aumentando a eficiência de bombeamento de sangue realizado pelo coração. Este treino caracteriza-se pela variação da frequência cardíaca. "Tentamos atingir uma intensidade mais alta por determinado tempo (correr a 90% da frequência cardíaca máxima por 2 minutos, por exemplo) e, em seguida, propiciar uma recuperação parcial do corpo (caminhar até atingir 70% da frequência máxima, por exemplo)", diz o professor Paulo Mazzeu. O número de séries vai depender do condicionamento de cada indivíduo.



Fonte: Yahoo - Minha Vida.

Como um dentista pode ajudar no controle do ronco?




O Ronco é um problema social que atinge cerca de quase um terço das pessoas, alterando a convivência com o cônjuge ou com os amigos e, geralmente, tornando a pessoa que ronca alvo de brincadeiras. É causado pela vibração dos tecidos da garganta, em função da turbulência do ar à medida que as vias aéreas se estreitam. Caso ocorra obstrução, causa apnéia, que é a parada repetida e temporária da respiração durante o sono.

A obesidade, a respiração bucal e o uso de cigarro e álcool agravam de modo significativo o ronco. Quando em níveis mais elevados, interfere no agravamento de doenças que podem causar a morte do paciente, como a hipertensão, enfarte do miocárdio e AVC.

Existem alguns tratamentos, como cirurgia e uso de aparelho de pressão positiva, ambos indicados por médicos. Mas os dentistas também podem ajudar no controle do ronco com aparelhos orais placas presas aos dentes que se articulam entre si avançando a mandíbula e com isso afastam os tecidos da garganta, evitando o ronco e a apnéia do sono. De fácil adaptação, são indicados nos casos de ronco primário (sem apnéia) e nas apnéias obstrutivas leves e moderadas. Tem sido a alternativa mais conservadora no tratamento do ronco e da apnéia do sono.

Em primeiro lugar é necessário fazer uma avaliação. O dentista ou o médico verificam as condições para a implantação do aparelho e se é necessário fazer alguns exames complementares, como a polissonografia, radiografias ou exames médicos complementares. Também é avaliada a condição dentária, verificando possíveis problemas que precisem ser tratados antes da colocação do aparelho.


Fonte: Yahoo Mulher.

Consumo em excesso de certos alimentos aumenta o risco de câncer





A ligação entre alimentação e o surgimento ou agravamento de doenças está cada dia mais evidente. E o oposto também: cada vez mais estudos provam que alguns alimentos podem melhorar a saúde.

No caso do câncer, não só o consumo em excesso e por longos períodos de alguns alimentos, como até mesmo o modo de prepará-los, pode colaborar para que a doença surja. Neste grupo entrariam gorduras e frituras, por exemplo.

Os apreciadores da carne bem passada e escura do churrasco correm riscos, pois este tipo de carne tem a presença de nitrosaminas, compostos químicos cancerígenos. Comer alimentos com excesso de sódio também pode provocar o aparecimento de câncer de estômago.

"Já sabemos que a alimentação tem forte relação com câncer de intestino, estômago, próstata e da mama", conta o cirurgião oncologista Samuel Aguiar Junior, diretor do Núcleo de Câncer Colorretal do A. C. Camargo, . Porém, ele admite que ao tentar modificar o fator dieta dos pacientes, não viu grandes impactos.

 "A alimentação não age sozinha. Quando falamos em prevenção de doenças, é preciso pensar no comportamento geral, sendo que o sedentarismo é um fator importante. A doença surge quando não há um equilíbrio no metabolismo, o que causa obesidade, sobrepeso e diabetes, por exemplo", diz o oncologista.
O oncologista clínico Hezio Jadir Fernandes Jr., diretor do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), conta que entre 50% e 60% dos casos de câncer surgem por alteração ambiental: "Dentro dessas alterações estão os hábitos alimentares. Eles podem ser nefastos e há aqueles que podem ser chamados de protetores".
Ele inclui na classe de nefastos os alimentos gordurosos, aqueles com excesso de proteína, pobres em fibras vegetais e vitaminas. Os protetores seriam os ricos em vitaminas, fibras e antioxidantes. Mas o médico avisa: "Semear o pânico é pior que a doença em si. A pessoa não pode pensar 'vou comer isso e terei câncer'. Graças aos avanços tecnológicos, estamos conseguindo detectar subpopulações com risco de desenvolver a doença".

Carne vermelha

A nutricionista Renata Souza Alvim, do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), conta que não é correto dizer que determinados alimentos fazem mal, pois todos são importantes para o funcionamento adequado do organismo e devem ser consumidos moderadamente.
Ela enfatiza que as carnes podem ser fontes valiosas de nutrientes, em particular proteínas, ferro, zinco e vitamina B12. Porém, também alerta que o consumo em excesso das vermelhas ou processadas é causa comprovada ou provável de alguns tipos de câncer: "Padrões alimentares com elevados níveis de gordura animal são fontes ricas de energia, aumentando o risco de ganho de peso e, em consequência, doenças. Pessoas que comem carne vermelha regularmente devem consumir menos de 500g por semana, incluindo pouca ou nenhuma quantidade da versão processada".

A nutricionista Thais Manfrinato, do Hospital A. C. Camargo, concorda: "O excesso de peso e a obesidade também são considerados fatores de risco para cânceres de mama, intestino, próstata e endométrio. Por isso, alimentos gordurosos, como frituras, leite e derivados na forma integral e molhos prontos devem ser evitados, pois facilitam o aumento do peso. Assim como doces, que levam à obesidade mais facilmente".

Porém, Manfrinato afirma que ao falarmos de alimentação e câncer, devemos tomar muito cuidado com as informações que são passadas, pois nem sempre o que se propaga por aí é algo que já foi comprovado cientificamente.

Agentes cancerígenos

Manfrinato conta que já está bem comprovado que o consumo excessivo de carne vermelha cozida por semana aumenta em 35% o risco de câncer de intestino grosso e o consumo excessivo de embutidos (presunto, linguiça, salsicha) aumenta o risco em cerca de 50% de desenvolver este mesmo tipo de câncer.

 "Os embutidos ainda aumentam risco de câncer de esôfago e estômago, por conterem nitrito como conservante. Também é bem elucidado que o consumo de fibras auxilia na prevenção de vários tipos de câncer e é bem relacionado com a prevenção do câncer de intestino e mama", afirma ela. Nitritos e nitratos, muitos utilizados como conservantes, são conhecidos como agentes cancerígenos.

Samuel Aguiar Júnior diz que as nitrosaminas são usadas como conservantes, especialmente da carne processada, e que mesmo sendo perigosas, não há como tirá-las da indústria alimentícia: "O certo é evitar o consumo em excesso".

As nutricionistas concordam que se deve manter não somente hábitos alimentares saudáveis, mas também um estilo de vida saudável, incluindo a prática de atividade física, a baixa ingestão de bebidas alcoólicas e a exclusão do fumo. "Quando falamos em prevenção do câncer, temos que lembrar que é uma somatória de diminuição da exposição aos fatores de risco, como os citados acima", diz Manfrinato.

Frutas e verduras

Ela também afirma que uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e pobre em açúcares, doces,  gorduras e carne vermelha previne vários tipos de câncer. Sobre os vegetais, Aguiar Júnior acrescenta: "Pode usar e abusar, apesar dos agrotóxicos".

Alvim dá algumas dicas práticas: "Lave as mãos e utensílios com água e sabão antes de iniciar o preparo dos alimentos, lave bem todas as frutas e verduras que for ingerir cruas, deixe-as de molho em solução clorada por 20 minutos (um litro de água com uma colher de sopa de água sanitária) ou utilize produtos industrializados para desinfecção (hipoclorito) sempre seguindo as instruções do rótulo. Por fim, aumente a ingestão de água, tomando pelo menos dois litros por dia, sempre filtrada".

Suplementos

Samuel Aguiar Júnior frisa que consumir fibras para contrabalançar o excesso de ingestão de carne vermelha não funciona. O mesmo vale para suplementos, e faz um alerta: "As pessoas não devem se apegar aos suplementos, pois estes não irão compensar uma má alimentação. Isso não acontece e sabemos bem".

Ele cita um estudo com pacientes da cidade de São Paulo com câncer de intestino feito pelo Hospital A. C. Camargo, onde atua, sobre o consumo de folato.  "Uma aluna minha de pós-graduação fez este trabalho. Estávamos procurando deficiências de ácido fólico e não encontramos. Pelo contrário. Muitos pacientes usavam ácido fólico sem indicação médica".

O oncologista diz que isso não pode ser considerado a causa da doença, mas que não é algo positivo para a saúde. "Podemos dizer que não há deficiência de ácido fólico na população da cidade de São Paulo. Porém, o correto é consumi-lo apenas com indicação médica".

Vinho e genética

Hezio Jadir Fernandes Jr. conta que estudos já demostraram que o vinho, por ser rico em flavonoides, protege contra algumas doenças coronárias. E agora, parece que seus efeitos benéficos também poderiam prevenir o câncer. "Isso graças a ação dos antioxidantes no organismo", explica o médico.
Já Samuel Aguiar Júnior lembra que o vinho tem dois lados. O bom, as uvas e o ácido tânico, e o ruim, que seria o álcool. "Seu maior consumo é citado nos países ao redor do Mediterrâneo e sempre associado à famosa dieta mediterrânea, que inclui uma ótima alimentação, sem esquecer das atividades físicas".  Assim, ele recomenda que a bebida seja apreciada com moderação.
Muito importante, na opinião de Fernandes Jr., é que pessoas com histórico familiar da doença, além dos cuidados alimentares, fiquem atentas aos possíveis sinais e façam os exames preventivos, sempre com acompanhamento médico.


Fonte: Uol Notícias - Saúde.