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Os Perigos do Jejum e dos Transtornos Alimentares

A Mística Prática do Jejum

 

Durante o Ramadã, o nono mês do ano no calendário muçulmano, os fiéis realizam jejum diariamente entre o alvorecer e o pôr-do-sol. O Yom Kipur (dia do perdão) na tradição judaica, representa o dia em que Deus julga os pecados de cada um e dá sua sentença. É também o dia em que os judeus praticam o jejum. Católicos e evangélicos também utilizam a prática para manifestar sua fé. A partir destas práticas, surge um mito de que o jejum concretamente purifica o organismo.

 

Apesar dos profissionais de saúde concordarem que a liberdade de culto religioso deve ser mantida e a simbologia litúrgica respeitada, o jejum não é recomendado na rotina diária. Segundo Dr. Adriano Segal, coordenador do ambulatório de obesidade do Ambulim (Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares) do Hospital das Clínicas em São Paulo, o erro está em transformar uma manifestação simbólica em uma indicação de melhora de saúde. "Isto não procede: jejum não purifica o organismo. Para algumas pessoas (por exemplo, diabéticas, muito idosas, com alguma debilitação física importante, que usam medicação com horários fixos), chega-se a contra-indicar estas práticas, mesmo no contexto religioso, devido a riscos importantes que acarreta para a saúde", explica o médico.

 

Para ele, quando há a necessidade de jejum, a orientação é feita de uma maneira individualizada e de acordo com a situação específica. "O jejum não traz vantagens para o organismo e, de fato, sua realização de rotina deve ser evitada, a não ser em casos específicos (como realização de cirurgia que necessite de certos tipos de anestesia, coleta de exames, rituais religiosos e outros)", completa Segal.

 

O Que Ocorre Com o Organismo Durante o Jejum Prolongado?

 

Aos poucos, as reservas de glicose do organismo vão se esgotando e outras fontes de energia, como proteínas e gordura, passam a ser utilizadas para que o organismo se mantenha vivo. Quanto mais longo for o jejum, mais gordura e proteínas vão sendo consumidas. "O humor se altera (a pessoa passa a ficar mais irritável), o hálito fica ruim, a pessoa pode ter crises de hipoglicemia (que podem ser graves), a taxa metabólica diminui, entre outras alterações", explica Sílvia Franciscato Cozzolino, professora de nutrição humana da Faculdade de Ciências Biomédicas da USP.

 

Dentro de um longo período, uma alteração grave pode ser a chamada hipoglicemia rebote, ou seja, a pessoa pára de produzir insulina, pela não ingestão de carboidratos. Quando o jejum é interrompido, há uma elevada secreção de insulina, às vezes maior do que a necessária, levando à hipoglicemia. "Quanto mais tempo o indivíduo fica sem comer, mais se acostuma à privação. Depois de um jejum prolongado, não é possível, da noite para o dia, voltar a comer na mesma quantidade de antes. É preciso ter uma readaptação paulatina", conclui Sílvia.

 

Mas até que ponto o organismo agüenta ficar em jejum? "Em média, podemos dizer que um paciente agüenta ficar sem comer por 60 dias", afirma Adriano Segal. "Teoricamente, uma pessoa de 70 kg tem subsídios energéticos para agüentar um jejum por 90 dias. Mas ninguém chega a esse ponto, porque acontecem outros problemas antes disso", explica o especialista.

 

Esses problemas são principalmente as infecções. Inicialmente, o organismo tira do fígado a glicose. O órgão armazena o glicogênio, que é uma espécie de reserva de glicose, que dura para um jejum de 12 horas. O organismo também tira energia da gordura do tecido adiposo, o que posteriormente pode provocar formação de substâncias tóxicas para o organismo, e do tecido muscular. Porém, com todos esses mecanismos, cai a resistência do paciente, que fica mais sujeito a infecções. "Com o corpo debilitado e um quadro de infecção, a pessoa pode morrer. O paciente, após um jejum prolongado, pode vir a ter problemas no pulmão ou no sistema nervoso, por exemplo", explica Segal.

 

Em pessoas com anorexia nervosa e outros transtornos alimentares, quadros depressivos e ansiosos estão diretamente associados à prática do jejum. Uma das alterações que ocorrem em pessoas predispostas a estas doenças é a realização de refeições desproporcionalmente grandes, com a sensação de perda de controle sobre o quanto e o que se come (os chamados episódios de comer compulsivo). Assim, para pacientes obesos, jejuns de mais de 4 horas são contra-indicados, a não ser, em situações específicas.

 

Transtornos Alimentares: Doenças da Ditadura do Corpo Ideal

 

A anorexia nervosa é, sem dúvida, o mal das mulheres do final do século 20. Os homens são apenas 5% dos pacientes. São tantas as mulheres que sofrem da doença, que os ambulatórios do Hospital das Clínicas e do Hospital São Paulo estão sempre lotados, recusando pacientes. Não há estatísticas precisas, mas sabe-se que cerca de 20% das anoréxicas morrem. "A doença pode começar de uma hora para outra. A pessoa acha que está gorda e começa a fazer regime. No começo, ela tem apetite, mas se força para não comer. Depois de algum tempo de jejum, não sente mais fome e recusa qualquer alimentação", diz o psiquiatra Táki Cordás, coordenador-geral do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas.

 

A inocente dieta inicial vai se tornando, aos poucos, idéia fixa. A mulher perde peso rapidamente, mas não se contenta. Olha-se no espelho e encontra culotes e celulites invisíveis aos outros. Recusa também conselhos de parentes e amigos e, apesar de magra, mantém uma hiperatividade.

 

Depois de alguns meses, ultrapassa a chamada "barreira da fome": quando o estoque de energia começa a baixar, sentimos fome, ficamos agitados, ansiosos por comida. A anoréxica suporta essa fome e desencadeia um processo interno. O corpo começa então a "economizar" tudo, diminuindo o gasto de energia: produz menos calor (sente frio o dia todo); queima gordura em grande quantidade, produzindo muita cetona (o hálito fica ruim) e a menstruação começa a falhar (ausência de pelo menos três ciclos consecutivos). A fraqueza aparece: há cãibras nas pernas, sudoreses, apatia, o cabelo cai e as unhas tornam-se quebradiças. Em geral, quando chega a esse ponto, a anoréxica precisa ser internada para receber alimentação parental e evitar a morte. "Em 90% das vezes, é a família quem interna. Os parentes percebem algo errado e não agüentam mais as brigas. A pessoa muda completamente de personalidade", afirma o psiquiatra.

 

O tratamento da doença pode ser tão sofrido quanto o de um dependente de drogas. Na anorexia nervosa, o nível de beta-endorfina, substância que provoca bem-estar, aumenta, podendo subir até 50 vezes acima do normal. "Quando você começa a alimentar uma pessoa que está anoréxica há muito tempo, esse nível de endorfina cai, e ela perde a sensação de bem-estar, sente muita angústia. É como se ela fosse viciada na própria endorfina que o corpo produziu", diz Freddy Eliaschewitz, chefe do Departamento de Endocrinologia do Hospital Heliópolis. Além disso, há o pânico de engordar. "É muito difícil fazer a paciente aceitar comida no início. Há mulheres que chegam com 27 kg e com medo de engordar", afirma o médico.

 

Na primeira fase, a paciente precisa ser hidratada, porque a maioria já parou de beber líquidos com medo de engordar. É difícil tratar a anorexia. As pacientes, em geral, precisam chegar ao fundo do poço para começar a melhorar. Isso significa passar bem perto da morte, perder 40% do peso e mal conseguir ficar de pé. Com o tratamento, a maioria engorda e volta a menstruar, mas muitas continuam obcecadas com o peso. De acordo com os especialistas, é difícil haver cura total.

 

Fonte: Uol

Maioria das americanas têm problemas alimentares, indica pesquisa

Aproximadamente 65% das mulheres americanas com idades entre 25 e 45 anos podem ter desordens no comportamento alimentar, como saltar refeições ou não comer certos grupos de alimentos, sugere pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA.

 

Avaliando mais de 4 mil mulheres, os pesquisadores observaram também que 10% delas apresentam problemas alimentares constantes, como anorexia, bulimia nervosa e compulsão alimentar.

 

O estudo mostrou que 67% das mulheres nos Estados Unidos estão tentando perder peso, e, entre elas, 31% já induziram vômito, ou tomaram laxantes, diuréticos ou remédios na tentativa de emagrecer.

 

E, entre as mulheres que querem perder peso, 53% já tem um peso saudável.

 

Fonte: Blog Boa Saúde

Forte além da medida

A obsessão por um corpo sarado pode ser sintoma da vigorexia, distúrbio cada vez mais comum nas academias. Homens atingidos pelo transtorno querem ganhar mais e mais massa. Você está nessa?

 

Você malha pesado todos os dias, segue rigorosamente uma dieta de crescimento muscular, toma um monte de suplementos e ainda assim fica deprimido quando se olha no espelho, achando que não está tão sarado quanto poderia? Então, cuidado. O problema pode não estar no corpo, mas na sua cabeça. Dependendo da sua ânsia de construir um físico sarado, você corre o risco de ser uma vítima da vigorexia, distúrbio que afeta os malhadores compulsivos.

 

Conhecida também como síndrome de Adônis ou anorexia reversa, a doença é descrita por psiquiatras como um transtorno disfórmico muscular que atinge mais os homens.

 

Por trás do nome pomposo existe uma patologia com características semelhantes às de outros transtornos obsessivos- compulsivos (como anorexia e bulimia) e que pode ter graves conseqüências físicas, de doenças cardiovasculares à esterilidade. Seu principal sintoma é a preocupação exagerada com a aparência, mesmo quando já se tem um corpo sarado. Embora pratiquem exercícios compulsivamente e desenvolvam os músculos de forma exagerada exibem braços gigantes, peitoral que parece explodir dentro da camiseta, os homens afetados pelo problema vivem insatisfeitos com seu tamanho e querem ganhar mais massa.

 

O termo vigorexia foi cunhado pelo psiquiatra americano Harrison Pope, da Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), o primeiro a estudar o transtorno, nos anos 1990. Pope fez uma ampla pesquisa sobre a imagem que os homens têm deles próprios, a que achariam ideal para si e a preferida das mulheres. Os resultados mostraram que, ao projetar eu corpo ideal, os homens vítimas da síndrome queriam aproximadamente 13 quilos a mais de massa muscular do que tinham. Entretanto, é preciso cautela para não confundir os vigoréxicos com os narcisistas marombados.

 

"Em sua maioria, os vigoréxicos apresentam baixa estatura, são tímidos, perfeccionistas e têm problemas de auto-estima", afirma a psiquiatra paulista Jocelyne Rosenberg, especializada no assunto e autora do livro Lindos de Morrer: Dismorfia Corporal e Outros Transtornos Obsessivos (Editora Celebris, 112 págs). Buscam na academia uma saída para suas frustrações. Os músculos não param de crescer, mas, para eles, nunca é o suficiente.

 

"Quando um vigoréxico se olha no espelho, vê a imagem de um corpo a ser aperfeiçoado. Daí a eterna insatisfação", diz Jocelyne. Segundo a psiquiatra, na adolescência muitos deles sofreram atos agressivos praticados entre estudantes. Assim, quando crianças, foram intimidados ou humilhados por serem magros ou baixinhos.

 

Um levantamento de Harvard, nos Estados Unidos, mostra que a vigorexia atinge 11% dos americanos que freqüentam regularmente academias de ginástica. No Brasil, não há estatísticas sobre o problema, mas os especialistas estimam que o grau de incidência é semelhante por aqui. A falta de informação é a principal causa para o desenvolvimento do transtorno, principalmente entre os jovens - calcula-se que 60% dos vigoréxicos têm entre 14 e 26 anos, embora não exista uma idade-limite para que o problema se manifeste.

 

Esses jovens percorrem um ciclo repleto de armadilhas. A primeira é o próprio ambiente das academias, propício a comparações. Decidida a atingir bíceps maiores que o do cara no aparelho ao lado, a vítima não respeita o nível máximo do corpo. Como sempre se acha inferior aos colegas de malhação, exagera na carga de exercícios. A compulsão e a pressa em queimar etapas do treinamento, ignorando os intervalos necessários para a recuperação do organismo, prevalecem sobre o cansaço e o bom senso.

 

É comum que, nesse estágio, o candidato a Hércules comece a manifestar sintomas de estresse, como irritação ou angústia. A preocupação com o corpo o leva a se afastar dos amigos, da namorada, das baladas e de todos os compromissos que possam atrapalhar seus treinos, que vêm sempre em primeiro lugar.

 

O outro passo na busca pelo corpo perfeito costuma envolver uma mudança na alimentação que beira o fanatismo. O vigoréxico costuma ser uma enciclopédia quando o assunto é dieta. Essa é minuciosamente regulada, com ênfase excessiva na ingestão de proteínas. Alimentos gordurosos (como as frituras), refrigerantes e doces, que atrapalham o desenvolvimento muscular, são riscados do cardápio - os xiitas eliminam até as frutas mais doces, por causa da quantidade de açúcar que contêm.

 

Não é difícil flagrar um vigoréxico no vestiário da academia manipulando o arsenal de suplementos que consome antes, depois e até durante a malhação. Todo conhecimento que ele busca avidamente em todas as fontes possíveis (livros, revistas, fóruns na internet, instrutores da academia e conselhos de amigos) é testado e incorporado à rotina: alimentar-se a cada três horas, incluir no cardápio controlado um coquetel de shakes de proteína, cápsulas de aminoácidos e vitaminas - tudo com base em cálculos complexos do tempo que o corpo leva para metabolizar os nutrientes ingeridos.

 

Se o exagero ficasse por aqui, o vigoréxico ainda assim poderia ser considerado uma pessoa saudável. O drama é que a ansiedade por resultados rápidos leva grande parte deles ao consumo de anabolizantes, medicamentos à base do hormônio testosterona que promovem acelerado crescimento muscular. A testosterona é produzida pelo próprio organismo masculino: ajuda a fortalecer a musculatura, os tecidos e a memória.

 

Para casos específicos, com acompanhamento médico, o hormônio é utilizado no tratamento de alguns tipos de câncer, anemia e osteoporose. Os supermarombeiros, porém, costumam usar fórmulas sintéticas de testosterona para aumentar o volume muscular, os esteróides. Seu uso virou febre nas academias pelos resultados rápidos, pois os músculos "incham" após poucas doses. "É razoavelmente comum ganhar até 5 quilos de massa muscular em um mês com consumo intensivo de anabolizantes, dependendo da quantidade ingerida e do perfil físico", diz o endocrinologista Nardo Ouriques, do Rio de Janeiro.

 

Daí a sensação de que todo bombado parece um pit bull num corpinho de poodle. Os anabolizantes podem ser encontrados na forma de comprimidos, gel ou injetáveis. Embora sejam medicamentos controlados, várias comunidades na internet oferecem contatos de venda por e-mail. Quem tem dificuldade de obter receita médica acaba recorrendo aos anabolizantes de uso veterinário os para cavalos são os preferidos, mais fáceis de ser adquiridos.

 

A maioria dos homens que sofrem de vigorexia nunca teve nenhum tipo de acompanhamento adequado na academia", afirma o personal trainer carioca Rafael Sales, que também treina atletas de vale-tudo. "Eles fazem as coisas de orelhada: estipulam as séries de exercícios e os pesos, montam a própria dieta e, principalmente, escolhem os suplementos. Desprezam a planilha de treinos, as dicas do nutricionista e nunca consultam um médico. Só observam o que deu certo para os colegas da academia e acham que é só imitar", acrescenta.

 

Essa falta de discernimento é, dizem os especialistas, a principal contradição dos vigoréxicos. Apesar de obcecados por saúde, agridem o corpo na busca do que consideram a forma ideal. No caso do uso de esteróides, sofrem efeitos que podem ser devastadores e, em alguns casos, irreversíveis. Os primeiros sintomas dos danos são vômitos, náuseas, palpitação e aumento da pressão, muitas vezes confundidos com mal-estares passageiros ou resultado da sobrecarga de exercícios. E o pior vem depois.

 

"O uso indiscriminado dessas drogas leva a alterações sangüíneas que podem causar derrame cerebral, problemas vasculares, males cardíacos e hepáticas e disfunção erétil", enumera José Milfont, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia - RJ e estudioso da vigorexia. "Os anabolizantes estimulam o desenvolvimento do câncer de próstata. Se o homem já é propensoà doença, tomar essas drogas equivale a jogar gasolina no fogo", explica.

 

Outro problema comum é a ginecomastia, crescimento anormal das glândulas mamárias por causa do excesso de hormônio, que causa no homem o constrangedor surgimento de seios protuberantes. "Em alguns meses, já começam a surgir efeitos colaterais", avisa o endocrinologista Nardo Ouriques. O perigo que a maioria ignora é a possibilidade de o fortão virar um fracote na cama.

 

"O anabolizante inibe a produção de testosterona, causando atrofia testicular. Assim, o sujeito vai precisar cada vez mais desse hormônio artificial para manter o vigor - o que pode gerar infertilidade e até impotência", diz Milfont. Mesmo quem deveria dar o exemplo já pagou caro por abusar das bombas. O ator, fisiculturista e atual governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, teve que trocar válvulas cardíacas por válvulas de coração de porco, em 1997, em conseqüência do uso de esteróides.

 

Na época, ele disse que o problema cardíaco era congênito, informação que nem parentes levaram a sério. A boa notícia é que o transtorno tem cura. O tratamento inclui sessões de terapia em que o psiquiatra orienta o paciente a controlar a compulsão para malhar, aliadas ao uso de medicamentos antidepressivos, que ativam a serotonina - neurotransmissores que controlam os hormônios responsáveis pelo humor, depressão, ansiedade e fome.

 

Antes de se deitar no divã, porém, a maioria dos vigoréxicos arrebentou músculos e articulações por excesso de exercícios, comprometeu o orçamento com suplementos importados e, às vezes, detonou o fígado por causa dos anabolizantes. Sim, porque na maior parte dos casos, o vigoréxico só se conscientiza dos males provocados por essas substâncias depois que o estrago foi feito.

 

O empresário carioca Maurício Chuek, hoje com 30 anos, viveu a experiência. Quando começou a freqüentar a academia, aos 16 anos, tinha o perfil típico do vigoréxico: baixo e magro, queria ganhar músculos a todo custo. "Malhava duas horas por dia, mas só deslanchei quando tomei anabolizantes em ciclos regulares a cada oito semanas", admite. Seu peso, que era de 65 quilos, pulou para 82 em dois anos. Aos 20 anos, media 1,72 metro e pesava 100 quilos. "Os amigos e a família diziam que eu estava deformado. Tive tendinite nas articulações dos joelhos e dos cotovelos por causa da sobrecarga de peso, mas ainda achava que poderia melhorar."

 

Chuek constatou que, embora tivesse adquirido massa muscular, seu corpo tinha 12% de gordura. Passou então a treinar muay thai, uta conhecida como boxe tailandês, para aumentar o desempenho aeróbico e queimar gordura. "Foi quando percebi que meu peso pouco adiantava, pois sou baixo. Parei de tomar anabolizantes, me dediquei mais à luta com acompanhamento especializado e adotei a carga de exercícios correta e uma dieta equilibrada."

 

A história dele tinha tudo para um final feliz, mas os efeitos das bombas apareceram dois anos depois. Primeiro, teve de fazer uma cirurgia por causa da ginecomastia. Depois, aos 24 anos, após muitas tentativas de engravidar a namorada, descobriu que estava estéril. Fez tratamento, conseguiu conceber um filho e hoje, com 75 quilos e apenas 6% de gordura corporal, se diz arrependido do antigo estilo de vida. "Minha forma física atual é muito melhor do que quando tinha 18 anos", assegura Chuek, que é dono de uma galeria de arte no Rio de Janeiro e se prepara para ingressar no circuito profissional de muay thai.

 

À primeira vista, o vigoréxico parece ser um tipo facilmente identificável nas academias. Mas quem mergulha com tudo na malhação nem sempre percebe que está ultrapassando os limites. A preocupação com a aparência é uma tendência do homem moderno - e nada mais natural do que batalhar um reforço nos bíceps para tirar suspiros das mulheres. A própria prática de exercícios, que costuma desencadear reações bioquímicas responsáveis pela sensação de prazer, acaba estimulando a busca por resultados mais expressivos. Assim, a linha que diferencia o que é prazeroso do comportamento compulsivo pode ser tênue demais.

 

Apesar do perfil de contornos nebulosos, dá para saber se você - ou seu amigo - está se tornando uma vítima da doença. "O vigoréxico, mesmo sem saber, emite vários sinais de que tem a síndrome", afirma Jocelyne Rosenberg. Avalie se você não está abusando dos suplementos, o tempo que passa na academia, se não está obcecado por subir na balança e se olhar no espelho. O distanciamento de amigos e da família e o surgimento de surtos de depressão também podem ser indicativos.

 

"Não adianta sair malhando sem orientação ou querer queimar etapas", ensina o preparador Rafael Sales. "A alimentação balanceada, por exemplo, contribui em 60% para a boa forma, seja para quem pretende ganhar massa, reforçar a musculatura ou perder gordura", afirma. Segundo ele, a mistura indiscriminada de diferentes tipos de suplementos pode afetar o metabolismo e alterar o efeito desejado. Na pirâmide da boa forma, os exercícios aeróbicos vêm em seguida, pois ajudam a queimar gordura e a perder peso, e a musculação aparece apenas em terceiro lugar. Portanto, para atingir o corpo perfeito, não é preciso viver na academia ou bitolado em dieta. Basta usar o bom senso e relaxar - antes que sua namorada troque seus bíceps pelos de um cara menos sarado, mas que saiba curtir a vida.

 

Fonte: Men's Health - João Marcos Mendonça

Exercícios aeróbicos podem rejuvenescer em mais de 10 anos, diz estudo

Manter a forma física praticando exercícios aeróbicos durante a meia idade e até mais tarde pode retardar o processo de envelhecimento em mais de uma década e prolongar a vida independente, segundo revisão estudos realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá.

 

De acordo com os autores, a prática regular de exercícios aeróbicos melhora a habilidade do organismo de recolher e usar o oxigênio, que declina com o envelhecimento.

 

O trabalho mostra que sete estudos indicavam que exercícios físicos, especialmente os mais intensos e de longa duração, aumentam o poder aeróbico em aproximadamente 25%, o equivalente a reverter 12 anos de envelhecimento relacionado à perda da forma física. Os autores destacam que esse tipo de exercícios é essencial para a manutenção da saúde e da qualidade de vida de pessoas mais velhas.

 

Fonte: Blog Saúde 25/04/08

Stévia vs Aspartame

Introdução à Stévia Rebaudiana

 

A stévia é um pequeno arbusto perene que pertence à familia dos crisântemos e é nativa no Paraguai. Esta planta tem uma extraordinária capacidade adoçante. Em sua forma natural é aproximadamente 10/15 vezes mais doce que o normal açúcar doméstico. Na sua forma mais comum de pó branco, extraído das folhas da planta, chega a ser de 70 a 400 vezes mais doce que o adoçante natural. Por este motivo é o açúcar mais poderoso do mundo. Pessoalmente até pouco tempo não conhecia nem mesmo sua existência, e portanto não ví o emprego desta planta como ingrediente, em nenhum produto hoje disponível no mercado. Por que?

 

Estas são as principais características desta planta:

 

- não causa diabete

- não contém calorias

- não altera o nível de açúcar no sangue

- não é tóxica

- inibe a formação da placa e da cárie dental

- não contém ingredientes artificiais

- pode ser usada para cozinhar

 

A Stévia é conhecida ainda pelas suas propriedades medicinais e foi usada pelos índios pelos seus dotes curativos por centenas de anos. Estes são os seus possiveis empregos médicos: diabete, obesidade, iperatividade, pressão alta, ipoglicemia, indigestão, candidiase, e além disso é um bom tônico salutar para a pele, inibe o desejo de carboidratos e diminui a necessidade de tabaco e alcool.

 

Introdução ao Aspartame

 

O aspartame é um adoçante artificial criado em laboratório e descoberto por acaso por um quimico da empresa G.D. Searle em 1965. A Monsanto (se recordam da tecnologia Terminator e a nossa batalha contra os OGM? Sim são próprio eles) aquisiteu a G.D.Searle em 1985. O aspartame é de longe a susbstância mais danosa em comércio que vem adicionada em muitos alimentos e fármacos que a gente utiliza quotidianamente. Segundo os pesquisadores e os médicos que estudam os efeitos colateriais provocados pelo aspartame as seguintes doenças crônicas podem ser desencadeadas ou pioradas com a sua ingestão: tumôres no cérebro, epilepsia, sindrome de fadigamento crônico, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, retardamento mental, linfoma, defeitos de nascença, fibromialgia e diabete.

 

Esta substância é constituida por três elementos quimicos: ácido aspártico, fenilalanina, e metanol. O livro “Prescrições para uma nutrição saudável” de James e Phillys Balch relata o aspartame sob a categoria “venenos quimicos”. Procuramos entender porque:

 

Acido Aspartico

 

O aspartame é constituido por 40% de ácido aspártico e o Dr. Russel L.Blaylock, um professor de neurocirurgia da universidade Médica do Mississipi, publicou um livro no qual descreve todos os danos causados (existem bem 500 referências ciêntificas) pela ingestão despropositada deste aminoácido.

 

O ácido aspártico é o precursor de um neurotransmissor chamado aspartato que em dosagens excessivas mata “excitando até a morte”(excitotoxina) alguns neurônios causando um exagerado afluxo de cálcio nas células. Isto causará a morte das mesmas células por uma alta produção de radicais livres. Durante a infância a barreira sanguinea do cérebro que normalmente protege o cérebro do excesso de aspartato e outras substancias danosas, não é plenamente desenvolvida, não protegendo de consêquencia todas as áreas do cérebro.

 

Mulheres grávidas e neo-mães tenham cuidado com suas crianças! Diversos estudos demonstraram que uma prolongada exposição a esta substância provoca as doenças acima mencionadas, e mais outros doenças como a perda da memória e surdez, problemas hormonais e outros mais.

 

A Fenilalanina

 

O aspartame é constituido em 50% de fenilalanina, um aminoácido que se encontra normalmente no cérebro. Nas pessoas que ingerem normalmente este adoçante foram encontrados níveis exageradamente altos (frequentemente letais) de fenilalanina no cérebro, e os indivíduos afectos da fenilcetonúria (impossibilidade de metabolizar esta substância) são ainda mais a risco.

 

Excessivos níveis de fenilalanina no cérebro podem causar um abaixamento do nível de serotonina neste último portando várias desordens: depressão, esquizofrenia, dor de cabeça e torna o indivíduo mais susceptivel ao infarto.

 

O Metanol (10% do aspartame)

 

Se recordem os incidentes passados devidos a este veneno? Causou a cegueira e a morte de alguns bebedores de vinho o alguns anos atrás. Esta substância se oxida no nosso corpo produzindo formaldeide e ácido fórmico: estes dois metabolizados são altamente tóxicos. O formaldeido é uma substância cancerígena, causa danos à retina, interfere com a formação do DNA e produz defeitos de nascença.

 

Os estudos de envenenamento do metanol incluem: gravíssimos distúrbios nas vistas, zumbido nos ouvidos, náusea, brancos na memória, distúrbios gastointestinais e muitos outros. Foram feitos diversos estudos em animais referente a utilização do aspartame e nos anos 70 foi descoberto que muitos destes foram gravemente falsificados para tornar inócua esta substância aos olhos de todos.

 

Diabete

 

A Associação Diabete Americana (ADA) está atualmente aconselhando o uso deste veneno às pessoas afectas por esta terrível doença. Segundo os estudos do Dr. H.J.Roberts (especialista em diabete, membro do ADA e respeitável experto em adoçantes artificiais) o aspartame além de não resolver nenhum problema diabético, lhe piora gravemente os sintomas. Incrivel!!!

 

A liberdade de escolha violada mais uma vez

 

Em 22 de fevereiro de 2000 a Comissão Européia, segundo as opiniões da “Comissão Ciêntifica para os Alimentos” (SCF), publicou a decisão que a Stévia Rebaudiana (planta e extratos secos) não pode ser inserida no mercado comunitário como alimento ou como simples ingrediente. Nós continuamos a perguntar a nós mesmos, se quem toma estas decisões é consciente de invadir o campo das liberdades de escolha do consumidor proibindo o uso e a venda disto e daquilo favorecendo uma escolha que já demonstrou danosa à nossa saúde. Se a esta consideração lhe acrescentamos os estudos e as pesquisas dos médicos e ciêntistas que nos iluminam sobre malfeitos de algumas organizações o quadro é completo.

 

A Stévia foi talvés banida porque, sendo uma planta que cresce expontaneamente, não pode ser patenteada e portanto, não se pode lucrar com ela? O aspartame, para alguém deve ser uma boa alternativa, visto a patente e os efeitos colaterais. Talvés a venda de Prozac, o remédio de primeira escolha para a depressão e esquizofrenia (veja diminuição dos níveis de serotonina no parágrafo fenilalanina) e de outros fármacos para o controle do infarto, porta tanto proveito que seria uma pena eliminar-lhes?

 

Talvés os doentes de cancer e outras graves doenças são poucos? Os pobres doentes portam dinheiro, e então amigos meus, sobre esta terra somos demais!!

 

Fonte: Edição Nexus n.3, n.4 Avalon Edizioni – C.P.008 – 35127 – Padova interporto