Pesquisas mostram que mal-humorados têm mais chance de adoecer...
 
Vivemos em um mundo onde, tenho a certeza, cada um de nós conhece alguém que parece sempre urucado . Sabe aquela pessoa negativa, até um pouco triste, ansiosa e que puxa todas as boas emoções e as joga no lixo? Ou pior: troca - sempre aflita - pelo seu mau humor? Pois bem, para estas eu tenho novidades científicas, vindas de um texto muito bacana de Douglas Peternela, que fala que o nosso humor e estado de espírito têm um peso muito grande não só no clima que criamos ao nosso redor no trabalho, em casa ou entre amigos, como também na nossa própria saúde.
 
Um estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, coordenado por Howard Friedman, constatou que a presença de emoções negativas constantes associadas à ansiedade duplica a propensão a uma extensa variedade de doenças.
 
Outra pesquisa foi realizada pela Associação Americana de Psiquiatria com um grupo de indivíduos que havia passado por experiências negativas, por longo período de tempo, expostos à fortes e tristes emoções (mulheres que haviam sofrido abuso sexual e veteranos de guerra).
 
Realizou-se, nestas pessoas, ressonância magnética cerebral, criando imagens tridimensionais do cérebro para estudo da área responsável pela memória, conhecida como hipocampo. Foi constatado que nos estudados esta área era significativamente menor quando comparada com outros indivíduos não expostos ao estresse.
 
A conclusão foi de que experiências vividas, marcantes ou constantes, podem alterar não só a bioquímica, mas a estrutura do cérebro. Mais especificamente: emoções negativas constantes afetam não só o funcionamento de seu cérebro, mas podem alterar até sua própria constituição. Portanto, se nos pautarmos na idéia de cada pensamento ser um acontecimento bioquímico, se for negativo, tem efeito instantâneo em cada célula, gerando ansiedade, depressão, fadiga.
 
Em contrapartida, se seus pensamentos são bons, se você decide adotar uma postura bem-humorada, otimista, seu corpo também responde, e o faz sentir-se bem mais saudável. Por essas razões é que a forma com a qual doentes encaram sua moléstia tem tanta importância no seu processo de recuperação. A cura tem também um lado psicológico. A vontade de se curar é uma boa aliada.
 
Então, passe a reparar mais naqueles que sempre estão de bem com a vida. Que não se entregam frente às dificuldades e escolhem reverter a situação com trabalho, com boa fé. Espelhe-se. Porque ficar o tempo todo mal-humorado ou triste pode deixá-lo doente. Tenha uma postura mais positiva para que você possa alcançar um estado mais pleno de serenidade, atento às oportunidades e aberto para o sucesso.
 
Dra. Glaucia Duarte é médica endocrinologista (CRM/SP 91952), doutorada em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), da Sociedade Latino Americana de Tireóide e do ICCIDD (International Council for the Control of Iodine Deficiency).
 
Fonte: Minha Vida
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