Quando estamos prestes a nos casar, temos que cuidar de um monte de coisas e acabamos esquecendo de um importante detalhe: dos exames pré-nupciais. A maioria dos casais não se importam com isso acreditam que tudo vai está certo. Mas é sempre bom se preparar para o imprevisível. Afinal não custa confirmar.
 
E não importa se você já foi casado, o exame também determina a compatibilidade entre o casal. Assim, seja a união entre solteiros, um solteiro e um divorciado, ou entre dois divorciados, o casamento ainda atrai muita gente, o que aumenta a importância dos exames pré-nupciais.
 
De acordo com a médica Silvana Chedid, especialista em Medicina Reprodutiva, o ‘check up do amor’, como é carinhosamente chamada os exames laboratoriais a que se submetem os cônjuges, é de grande importância para detectar problemas relacionados à fertilidade do casal e às futuras gestações.
 
“É muito comum encontrar jovens que desconhecem totalmente as futuras implicações de suas condutas durante o namoro. Algumas, inclusive, podem comprometer seus planos de formar uma família”, diz a médica, alertando para a importância de meninas e meninos receberem acompanhamento médico desde a iniciação sexual.
 
A especialista acredita que muitos desses descuidos juvenis só vêm à tona depois do casamento, quando o casal começa a enfrentar dificuldades para ter o primeiro filho. “Entre as garotas, a doença que mais desencadeia infecção pélvica que em 75% dos casos não apresenta sintomas, exceto discreto corrimento. Já entre os meninos, a gonorréia é a doença que mais compromete a saúde reprodutiva, sendo a terceira principal causa de infertilidade masculina no Brasil”.
 
O número de casais que realizam os exames pré-nupciais ainda é muito baixo. “Infelizmente, a maioria dos casais ainda é pega de surpresa. Por isso, incentivamos tanto os casais a procurar um médico ginecologista e um urologista antes do casamento. Caso seja detectado qualquer problema, o casal será devidamente orientado sobre o assunto, de modo que o impacto causado por estresse e fatores emocionais será quase nulo quando chegar a época de recorrerem à reprodução assistida”, diz a especialista.
 
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que entre 10% e 15% dos casais têm dificuldades para engravidar. “Apesar de haver muitos fatores que contribuem para a infertilidade, como uso de drogas, fumo, poluição ambiental, obesidade e anorexia, se os jovens levassem mais a sério a necessidade de usar preservativos em toda relação sexual, os índices cairiam bastante. Afinal, as doenças inflamatórias pélvicas (DIP) são responsáveis por grande parte dos problemas para engravidar e podem ser reduzidas através de uma mudança de hábitos”, conclui Silvana.
 
Fonte: Portal iTodas
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