A cafeína em altas doses pode impedir a esclerose múltipla, segundo os resultados de pesquisas realizadas em ratos publicados nesta segunda-feira.
 
Esta descoberta pode abrir caminho para novos métodos de prevenção e tratamento da doença em humanos.
 
Os pesquisadores constataram que os ratos que consumiram o equivalente a seis ou oito xícaras de café por dia não desenvolveram o equivalente à doença em humanos.
 
A cafeína impede a adenosina - um dos quatro componentes de base do DNA - de se ligar a um catalisador desta molécula nos ratos.
 
A adenosina desempenha uma papel chave na bioquímica do sono, do despertar e da transferência de energia.
 
Quando a adenosina não pode se ligar a este catalisador, impede alguns glóbulos brancos de desempenhar um papel central nas respostas imunológicas do corpo porque não podem alcançar o sistema nervoso central e desencadear uma série de reações, levando a uma encefalomielitis autoinmune experimental (EIE). A EIE é a doença modelo animal para a esclerose múltipla.
 
"É uma descoberta totalmente surpreendente que pode ser muito importante para a pesquisa sobre a esclerose múltipla e outras doenças", reconheceu Linda Thompson, especialista em câncer da Oklahoma Medical Research Foundation, uma das principais autoras deste trabalho, divulgado nas Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS) de 30 de junho.
 
Este avanço é também promissor para as doenças auto-imunes como o lupus e o reumatismo, nas quais o sistema imunológico ataca as células do organismo.
 
Embora promissoras, estas pesquisas ainda precisam ser aprofundadas para uma prevenção mais eficaz contra a esclerose múltipla, destacou Thompson.
 
Fonte: Yahoo
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