Uma pesquisa realizada em cinco capitais do país, incluindo São Paulo, trouxe um alerta. A maioria das mulheres desconhece a forma mais eficaz de reconhecer um inimigo íntimo: o câncer de mama. Apesar de 82% citarem o auto-exame como aliado no diagnóstico da doença, somente 35% delas lembraram da mamografia, forma mais indicada para detectar o tumor maligno em fase inicial, o que aumenta a chance de cura.
 
O estudo, encomendado pela Federação Brasileira das Entidades Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), ouviu 552 mulheres. "Os resultados revelam que as mulheres têm informações parciais sobre o câncer de mama", avalia a mastologista e presidente da federação, Maira Caleffi.
 
Para Ricardo Marques, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, o 'esquecimento' ao citar a mamografia mostra que, nos últimos anos, a mensagem às pacientes não foi completa. "Ao longo do tempo, houve a política de promover o auto-exame como a forma de detecção precoce do câncer. Foi produtivo, mas não é só isso. Mesmo uma mulher bem treinada só consegue sentir o nódulo já em um tamanho significativo e perigoso", diz. "A mamografia identifica o tumor anos antes de ele ser palpável, em uma fase em que, se necessária, a cirurgia não é tão invasiva."
 
Os locais escolhidos para a realização da pesquisa - São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador - são os que lideram o ranking de estimativas de novos casos da doença no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
 
Fonte: Ciência e Saúde
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