6 - Defesas reforçadas
 
Fazer sexo uma ou duas vezes por semana tornaria o sistema imune mais preparado para entrar em combate. É o que sugerem pesquisadores americanos que compararam amostras da saliva de pessoas sexualmente ativas com as de voluntários que pouco se aventuravam na cama. Eles concluíram o seguinte: quem transava com certa freqüência abrigava mais anticorpos. O resultado, no entanto, ainda carece de um consenso entre os médicos. Isso porque, para muitos deles, uma defesa mais a postos não seria fruto da atividade sexual em si. “Há, sim, trabalhos mostrando que pessoas felizes têm melhor resposta imunológica. E a atividade sexual sem dúvida traz felicidade e qualidade de vida”, pondera Joaquim Claro.
 
7 - Músculos fortalecidos
 
Não dá para elevar o quarto à condição de academia, mas a atividade entre quatro paredes exige o esforço de alguns grupos musculares. Tudo depende, por exemplo, das posições na hora agá, mas é possível trabalhar as coxas, o dorso e o abdômen. No caso das mulheres, a relação ainda cobra a movimentação dos músculos da vagina. “Há um aumento do fluxo sangüíneo para a região”, conta a fisioterapeuta especialista em urologia Sophia Souto, da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, que fica no interior paulista. “Durante o orgasmo, por exemplo, há uma contração dos músculos pélvicos”, diz. Quando unida a exercícios específicos para aumentar o controle da própria vagina, a relação ajudaria a tonificar sua musculatura, diminuindo o risco de problemas como a incontinência urinária
 
8 - Lubrificação nota 10
 
Essa é para as mulheres que se aproximam da menopausa ou já atravessam o período marcado pela derrocada do hormônio feminino. Um dos principais reflexos da queda de estrogênio é a falta de lubrificação na vagina - um problema bastante comum, que leva à secura nessa região. “Mas aquelas que, após essa fase, mantêm relações sexuais tendem a apresentar menos atrofia do órgão genital”, conta a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Já as mulheres que raras vezes se divertem com o companheiro não só sofrem mais com o incômodo como também podem sentir mais dores durante a penetração.
 
9 - Para dormir pesado
 
Sim, uma noite tranqüila também depende de uma cama movimentada. O que o casal costuma comprovar na prática a medicina sabe explicar: “A relação favorece o relaxamento muscular”, afirma o urologista e terapeuta sexual Celso Marzano. Isso porque, graças ao orgasmo, o corpo recebe uma enxurrada de substâncias que não demoram a agir, fazendo com que o indivíduo sinta uma mistura de bem-estar e exaustão. “O sono costuma vir depressa depois de um sexo mais vibrante”, observa Marzano. Mas, caro leitor, aguarde mais um pouco antes de rumar ao quarto.
 
A ciência está interessada em prolongar a sua atividade sexual. O avanço da idade, não há como negar, cria alguns empecilhos que esfriam uma relação aqui, outra acolá. Mas os profissionais de saúde já têm na manga estratégias para contornálos. É o caso da terapia hormonal, que, quando bem receitada, dá aquela força para a vida sexual ativa. No caso das mulheres, a reposição de estrogênio atenua a secura vaginal - e o destaque é o creme à base do hormônio aplicado na vagina. “Ele melhora a lubrificação sem ser absorvido pelo corpo”, diz Francisco Anello. Ou seja, não há efeitos colaterais. Para reerguer a libido do casal, já foi aprovada na Europa a reposição de testosterona na forma de adesivo. “A questão é polêmica, mas estudos mostram que ela dobra o número de relações sexuais”, conta Ruth Clapauch. A terapia com o hormônio masculino é receitada há mais tempo, só que por outras vias, para os homens. O seu objetivo, porém, não é corrigir somente o tesão minguado. “Ela beneficia a massa muscular e alivia a depressão, além de melhorar a vida sexual, mas a indicação deve ser rigorosa”, avalia Joaquim Claro.
 
De choque a gel
 
Já imaginou visitar um fisioterapeuta para turbinar a vida sexual? Pois as mulheres já podem desfrutar desse serviço - a fisioterapia uroginecológica. Por meio de diversas técnicas, os especialistas ensinam as pacientes a assumir um maior controle da musculatura da vagina. A medida é recomendada, por exemplo, àquelas que penam para ter orgasmos. “Além disso, há um aparelho que se vale de um eletrodo introduzido na vagina para estimular sua contração”, conta a fisioterapeuta Floripes de Santi, do Rio de Janeiro. A meta é permitir que, conhecendo e dominando a dita-cuja, suas próprias donas possam usá-la melhor - ou seja, com muito mais prazer. Outra fisioterapeuta expert no assunto, Sophia Souto, da Universidade Estadual de Campinas, pesquisa um gel capaz de aperfeiçoar a atividade sexual feminina. “Ele é um doador de óxido nítrico, uma substância que aumenta a vasodilatação local”, explica. “O produto deve ser aplicado sobre o clitóris nas preliminares para aumentar a sensibilidade da região.” Por não apresentar contra-indicações, tanto as mulheres com perda de libido como as sedentas por mais prazer podem utilizá- lo. A previsão é que ele chegue às farmácias no próximo ano. 
Entre aranhas e genes
 
A ala masculina, já presenteada no final da década de 1990 com os medicamentos para disfunção erétil, deve aguardar mais tempo pelas novidades da medicina. “Novas drogas, que podem ter efeito mais rápido ou duradouro, ainda estão sob estudo”, afi rma o médico Carlos da Ros, da Sociedade Brasileira de Urologia. Um grupo de cientistas da USP tem avaliado uma substância promissora. “Ela é extraída do veneno de uma aranha brasileira e seria capaz de levar à ereção”, conta Joaquim Claro, que participa da investigação. Será que a solução definitiva estaria nos genes? Talvez. “Mas a terapia gênica só poderá ser uma opção a longo prazo”, estima Da Ros. Enquanto tudo isso não chega, investir num estilo de vida saudável e freqüentar o médico de vez em quando continua sendo a garantia do arraso sob os lençóis - ou em qualquer outro lugar. 
Fonte: Revista Saúde é vital
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